sábado, 5 de setembro de 2009

Agora em Nova Casa!



Para você que se acostumou a acompanhar este blog, ou mesmo você que veio parar aqui por acidente de percurso; saiba que de agora em diante este distinto blog - que se dedica a falar sobre música que discute o tema por uma perspectiva marxista sem ser coisa de comunista - estará hospedado em outro domínio, o do wordpress.

O
Sandália e Meia - Jornalismo musical e opinião, há 3 anos vem trazendo temáticas não as mais úteis, mas com certeza sob um ponto de vista livre de hipocrisias e bastante sincero. Você encontrará estas ideias tortas e de certa maneira utópicas serão encontradas no espaço sandaliaemeiamusical.wordpress.com - Detalhe... Adicione o termo "musical" à já consagrada marca "Sandália e Meia".

Conto com a visita de todos ao novo sandália e meia... A tendência é só de melhorias e se Deus quiser manteremos e estreitaremos o nosso contato. Ou melhor... Se Deus quiser e o Diabo deixar. Sandália e Meia - Jornalismo musical e opinião (http://sandaliaemeiamusical.wordpress.com). Me sigam no twitter (twitter.com/sandaliaemeia)


Maicou...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Conexão São Paulo - Estocolmo passando por NY!


Pois bem. Para não me classificarem de velho ranzinza que só sabe falar mal das bandas novas, hoje é dia de jogar confetes e abrir o coração para fazer elogios.

Não quero ser considerado – como é a maioria dos jornalistas musicais – um músico frustrado, portanto escreverei sobre uma banda que acho muito bacana e que se chama ‘Garotas Suecas’.

Como o grupo não é dos mais novos e já possuiu certa repercussão nacional – é só saber procurar um pouquinho – não informarei quem são os integrantes, nem nada do tipo, pois outros veículos fazem e já fizeram isso melhor.

Fica aqui apenas a dica de som para se ouvir, já que escuta-se muito por aí que não há coisas novas de qualidade. Reclama-se da falta de grupos novos e que inovem em algo na cena brasileira, seja de que gênero for que falemos.

Classificariam o som de Indie Rock, mas sempre tive a impressão que tal denominação é uma espécie de eufemismo para “emo heterossexual”. Como diria o pessoal aqui de Juiz de Fora, é um rock bem destinado à galera pós moderna – seja lá o que isso queira dizer. Vamos tentar fugir de rótrulos e preconceitos.

O som dos caras é muito bacana. A força dele está no peso, no impacto das canções ao público, na presença dos integrantes, na simplicidade e nas letras bem humoradas sem cair em escracho ou coisas de mal gosto. Se você procura engajamento político social, coisa rebuscadas e técnicas não é no Garotas Suecas que você vai encontrar.

Fica a sugestão, principalmente para a canção ‘Codinome Dinamite’, que além de ser uma grande música, possuiu um clipe bem bacana. Sem contar nas homenagens a alguns artistas da música brasileira como o Tim Maia e os meus sempre favoritos Novos Baianos.

Garotas Suecas fala sobre as influências





Garotas Suecas fala sobre os planos para o primeiro álbum





Codinome Dinamite - Garotas Suecas






"Meu codinome é dinamite!
Meu apelido é explosão!
Queimando as cordas pela pista eu sigo em plena contramão.

Garota, escute com cuidado...
Sou osso duro de roer!
E se eu te agarro pela noite eu largo em pleno amanhecer.

Eu não preciso te dizer,
que do meu lado é pra valer.
Do meu lado é pra valer!

Meu codinome é dinamite!
Meu apelido é explosão!
Queimando as cordas pela pista eu sigo em plena contramão

Não vá pensar que no meu peito,
não bate nenhum coração...
Mas quem acompanha o Homem Brasa é a Garota Explosão!

E eu não preciso te dizer,
que do meu lado é pra valer!
Do meu lado é pra valer"


Maicou...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Quebrando os paradigmas - Ritchie


Este post se refere a algo que veio em minha mente ao assistir ao programa do Jô da última quarta feira, 26 de agosto de 2009. Um dos entrevistados foi o cantor inglês Ritchie.

Ele vive no Brasil há muito tempo e é conhecido pelo sucesso chiclete “Menina Veneno” - febre nos anos 80 e mais tarde, nos 90, na voz da dupla sertaneja Zezé di Camargo & Luciano.

Este texto se trata de como, realmente, o ser humano é um poço de preconceitos e de como, na maioria das vezes, nos deixamos guiar por ideias contruídas de maneira superficial e pejorativa sem nos permitir entrar em contato com novos contextos. Tachado de brega, popularesco, sem qualidade, músico de uma hit apenas; Ritchie carrega nas costas todas muitos rótulos negativos no que se refere à carreira musical.

Mas não é que o cara tem formação musical respeitável, amizades e parcerias renomadas e conceituadas pela nata da nata musical verde-amarela e, além disso, é influenciado por ícones da música erudita e da música pop que deixaria o mais cult dos cult com inveja mortal. Tuso isso aliado ao que todo musico almeja: a popularidade.

Quando assume a flauta transversal em um momento da entrevista, Ritchie mostra que entende do assunto “música” e caso não utilize arranjos rebuscados e suas composições não primem pela complexidade técnica e conceitual; trata-se de mera opção e não necessariamente limitação. Ao meu ver foi o ponto alto da entrevista.

Venho aqui dizer que como o ego do ser humano e a falta de humildade faz com que nós, em um mar e vaidades, buscamos rótulos, classificações, discriminações que servem muitas vezes para fortalecer preconceitos que não levam a lugar algum. Não sou fã do Ritchie, nem conheço outras canções, mas passo a vê-lo com outros olhos e este exercício deve se ampliar a outros.

Ritchie no programa do Jô (26-08-2009) – Parte 2







Menina Veneno – Ritchie







“Meia noite no meu quarto ela vai subir
Ouço passos na escada vejo a porta abrir
Um abajur cor de carne, um lençol azul
Cortinas de seda, o seu corpo nú...
Menina Veneno o mundo é pequeno demais prá nós dois
Em toda cama que eu durmo só dá você, só dá você
Só dá você! Yeh! Yeh! Yeh! Yeh!...
Seus olhos verdes no espelho brilham para mim
Seu corpo inteiro é um prazer do princípio ao sim...
Sozinho no meu quarto eu acordo sem você
Fico falando pr'as paredes até anoitecer...
Menina Veneno você tem um jeito sereno de ser
E toda noite no meu quarto vem me entorpecer
Me entorpecer! Me entorpecer! Yeh! Yeh! Yeh! Yeh!...

Meia noite no meu quarto ela vai surgir
Eu ouço passos na escada eu vejo a porta abrir...
Você vem não sei de onde eu sei, vem me amar
Eu nem sei qual o seu nome mas nem preciso chamar...”

Maicou...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece!

Este post é um comentário / desabafo a respeito de uma bandinha que eu vi hoje na TV. Aliás, há cerca de uma mês eu a vi pela primeira vez naquele programa 'Acesso MTV'. O nome do grupo é Cine. Vou direto ao assunto – É uma porcaria sem tamanho. É ruim demais.

Produto da onda emo / melódica / teen / poser / depressivo / franjas e o diabo, esta banda – para minha surpresa – é vista como uma revelação. Mas revelação sem inovar? Revelação fazendo mais do mesmo? Revelação musical que se sustenta, primordialmente, em aspectos visuais? É duro de engolir, mas no melhor do sentido né galera.

Como qualquer produto, onda pré-fabricada, eles já nasceram cercados da histeria programada e forçada de fãs que juram amor eterno e que, na busca de identidade, corre atrás da diferenciação e da individualidade sem notar que acaba se alojando na acomodação preguiçosa e oportuna de modas e atrações compartilhadas de maneira massiva.

O som é ruim inclusive para o gênero. Eles são a cópia mal feita de uma ideia que já foi bastante divulgada por artistas como Fresno, Nx Zero, Strike e cia Ltda. Infelizmente, o corporativismo entre os artistas e a onda do politicamente correto na crítica musical e também na relação entre os músicos e bandas faz com que atrações como esse tal de Cine passem batidas.

Cabe agora, saber até que ponto o marketing desses garotos será bem trabalhado para sustentá-los no mainstream junto a seus ancestrais de franja, maquiagem e tendências suicidas. Engraçado... Vendo a banda Cine me deu até saudade da banda B5. Pensando bem, isso é o que nos serve de consolo.

B5 - Matemática





Cine - Garota Radical






"O simples torna ela demais quinta o shopping, domingo os pais

Tento entender por que ainda ligo pra você ela só me diz não, pra mim já tornou padrão e faz por querer

Te vejo na minha (Te vejo na minha) Vai ser só minha (Vai ser só minha)
Falo tão sério, é sério você vai vai ser só minha (Vai ser só minha)
Vem ser só minha vai ser você
Aposto um beijo que você me quer

Eu te completo baby
Vem que é certo baby

Sempre escuta as bandas que eu nunca ouvi sempre de vestido pra sair
E quando ela sai, não importa pra onde vai sempre com o cartão do pai, compra tudo e se distrai

Te vejo na minha (Te vejo na minha) Vai ser só minha (Vai ser só minha)
Falo tão sério, é sério você vai vai ser só minha (Vai ser só minha)
Vem ser só minha vai ser você
Aposto um beijo que você me quer

Eu te completo baby
Vem que é certo baby

Te ver no sábado e escutar tudo que eu já sei, pode decorar não é fácil, eu não me faço
Egoísta, sim, eu não nego por isso insisto em ti e me entrego mais, mais, mais

Vai ser você Aposto um beijo que você me quer

O simples torna ela demais quinta o shopping, domingo os pais
Paguei pra ver por que é que eu liguei pra você?"

Maicou...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Eu sei onde Belchior está!


De volta com esse maravilhoso blog. Como um bom fã de Belchior, fui bastante acionado na noite do último domingo, 23, a respeito do sumiço do glorioso Belchior – ele mesmo, o Bob Dylan Cearense.

Segundo a aguardada matéria do Fantástico, há cerca de 2 anos, o cantor e compositor sumiu da face da terra e seu paradeiro é desconhecido por familiares, fãs e amigos.

O curioso é que no ano passado ele concedeu uma entrevista ao 'Programa do Jô' (da própria Rede Globo) – onde, na ocasião, lançava um disco. Mais curioso é que em maio deste ano ele deu uma canja durante um show do Tom Zé em Brasília-DF. Suspeitas cercam esse desaparecimento: dívidas, marketing e opção de vida; mas elas não me convencem muito.

No que se refere às dívidas, as cifras citadas na matéria giram em torno de R$18.000,00 – valor insignificante para um artista da amplitude de Belchior. Permitam-me a crítica. O texto da matéria da Rede Globo induz a errada interpretação de que esta dívida possa ter motivado a translucidez do “rapaz latino americano”. O valor é, sim, referente à cobrança do estacionamento do aeroporto onde o carro do compositor foi abandonado.

Marketing propriamente dito penso não ser a questão, pois o público alvo de Belchior já está bem estabelecido e ele não, necessariamente, necessita de tal artifício para se projetar. Um disco bem produzido, com uma boa divulgação e um competente trabalho de mídia – através dos releases, entrevistas, turnês em boas casas de shows e participações em programas de rádio e tv – seriam suficientes.

Por fim, opção de vida parece ser a alternativa que mais se aplica a esta situação. No mais, eu acredito que ele apenas queira um tempo para colocar as ideias em ordem, sem pressões, compromissos, agendas e o caralho a 4. Como sei disso? Por saber onde ele se encontra. Afinal, ele pode ter desaparecido para vocês – fãs ingratos – mas ele mora aqui; dentro do meu latino americano coração.

Belchior no Programa do Jô em 2008





Belchior no show do Tom Zé (05-03-2009)





"Tudo outra vez" - Belchior





"Há tempo, muito tempo que eu estou longe de casa
E nessas ilhas cheias de distância
O meu blusão de couro se estragou

Ouvi dizer num papo da rapaziada
Que aquele amigo que embarcou comigo
Cheio de esperança e fé já se mandou

Sentado à beira do caminho prá pedir carona
Tenho falado à mulher companheira
Quem sabe lá no trópico a vida esteja a mil...

E um cara que transava à noite no "Danúbio azul"
Me disse que faz sol na América do Sul
E nossas irmãs nos esperam no coração do Brasil...

Minha rede branca, meu cachorro ligeiro
Sertão, olha o Concorde que vem vindo do estrangeiro
O fim do termo "saudade" como o charme brasileiro
De alguém sozinho a cismar...

Gente de minha rua como eu andei distante
Quando eu desapareci ela arranjou um amante
Minha normalista linda aAinda sou estudante
Da vida que eu quero dar...

Até parece que foi ontem minha mocidade
Com diploma de sofrer de outra Universidade
Minha fala nordestina quero esquecer o francês...

E vou viver as coisas novas que também são boas
O amor, humor das praças cCheias de pessoas
Agora eu quero tudo tudo outra vez... "

Maicou...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

A vida até parece uma festa


No último fim de semana eu assiti a um documentário que gostei bastante. "Titãs - A vida até parece uma festa" conta a história desta importante banda do rock nacional.

Com momentos emocionantes, a maior parte deles ilários e outros de arrepiar, o filme mostra bastidores da carreira titânica.

Com imagens gravadas pelos próprios Titãs, principalmente Branco Mello, o longa traz momentos como a prisão de Toni Belloto e Arnaldo Antunes, os grandes shows, os discos, as saídas de Arnaldo Antunes e Nando Reis, além da morte de Marcelo Fromer.

Este post é para dizer que vale muito à pena assistir ao filme, pois eu não esperava muita coisa quando entrei no cinema e saí muito satisfeito, ainda mais porque não pago mais meia entrada.



Titãs - A vida até parece uma festa (Trailer)





"Diversão" - Titãs






"A vida até parece uma festa
Em certas horas isso é o que nos resta
Não se esquece o preço que ela cobra(é meu irmão se a gente não quer!?)
Em certas horas isso é o que nos sobra.

Ficar frágil feito uma criança
Só por medo ou por insegurança
Ficar bem ou mal acompanhado
Não importa se der tudo errado

Às vezes qualquer um
Faz qualquer coisa
Por sexo, drogas e diversão
Tudo isso (tudo isso)
Às vezes só aumenta
A angústia e a insatisfação

Às vezes qualquer um enche a cabeça de álcool
Atrás de distração, mas eu digo:
Nada disso (nada disso)
Às vezes diminui a dor e a solidão

Tudo isso, ás vezes tudo é fútil
Ficar fébrio atrás de diversão
Nada disso, às vezes nada importa
Ficar sóbrio não é solução

Tudo isso, ás vezes tudo é fútil
Ficar fébrio atrás de diversão
Nada disso, às vezes nada importa
Ficar sóbrio não é solução

Diversão; solução sim
Diversão; solução prá mim
Diversão; solução sim
Diversão; solução prá mim
Diversão; solução sim
Diversão; solução prá mim
Diverssão
Diverssão"


Maicou...

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Ninguém sabe, ninguém viu!


Na música mundial há vários exemplares de músicos que apesar da cegueira conseguiram fazer sucesso e se destacar.

Nomes como Stevie Wonder, Ray Charles são exemplos internacionais de que a deficiência visual não impede o talento musical.

O que falar então da banda de reggae "Tribo de Jah", em que quase todos os membros são cegos. Exatemente, praticamente todos não enxergam. Mas vou ao que interessa.

Disse tudo isso para levantar um mistério que atormenta a humanidade. Será que o glorioso Jorge Benjor, o ex- Jorge Ben, é CEGO? Puxa vida, por quê motivo será, então, que ele não tira aqueles óculos escuros dele ein?

"Bebete Vão Bora" - Jorge Benjor






"Bebete vamos embora
Pois já está na hora
Bebete vamos embora
Pois já está na hora

Olha que o galo cantou
O sol vai raiar
E você não parou de sambar
Eu sei que você me é fiel
Mas é que os vizinhos já estão a olhar e falar

Eu sou o seu homem e você minha mulher
Mas é que quem não chora não mama
E o nosso nenen tá chorando
Querendo mamar

E você sabe muito bem
Que logo mais eu tenho que ir trabalhar
Eu já não posso mais chegar atarasado
E nem pensar em faltar

Pois o novo gerente não é lá muito meu amigo
E depois como é que posso comprar
Estando a perigo
Novas sandáias pra você sambar Bebete

Oh!
Bebete
Bebete vamos embora
Pois já está na hora
Bebete vamos embora
Pois já está na hora"


Maicou...